Quando
pesquisamos sobre “autismo” na internet, as perguntas que mais aparecem são:
“Meu filho é autista. E agora?”. O impacto de receber um diagnóstico de
autismo para pais e mães é indescritível. Surge um turbilhão de emoções, desde
o choque inicial até a incerteza sobre como conduzir esse novo capítulo da vida
familiar. No entanto, é fundamental compreender que, embora desafiador, esse
caminho está longe de ser insuperável, especialmente ao contar com uma rede de
apoio solidária e conscientizada de informações corretas.
“Infelizmente,
na sociedade pouco se fala sobre o TEA, mas sabemos que muitas pessoas dentro
do espectro podem brincar, estudar, trabalhar e construir relacionamentos,
assim como qualquer outra.”, menciona a Diretora Clínica da Genial Care,
Thalita Possmoser.
Por ser
difícil de compreender e possuir classificações diferentes de (TEA), muitos responsáveis ficam cheios de perguntas
e incertezas sobre o que isso significa para o futuro de seu filho e para sua
própria jornada como família.
O que fazer quando o seu filho é diagnosticado com espectro autista?
Primeiro, aceite!
Ao receber o
diagnóstico, é normal sentir-se sobrecarregado. É importante permitir-se passar
por esse processo emocional, mas também buscar compreender o autismo e suas
nuances. Busque informações confiáveis, evitando os mitos disseminados na
internet, e compartilhe esses conhecimentos com familiares e amigos. Quanto
mais informados estiverem, mais empáticos poderão ser em relação à criança.
1) Procure saber mais sobre o autismo.
A busca por informações favorece as conquistas de seu filho. Segundo a pesquisa
Retratos do Autismo no Brasil, realizada pela Genial Care, em parceria com a
Tismoo, mais de 64% dos respondentes afirmaram não terem tido contato prévio
com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) antes do diagnóstico da criança ou
do próprio diagnóstico.
2) Compartilhe essas informações com
familiares e colegas. Mostre o quanto é importante ter empatia com a
criança e entender como ela pensa.
3) Pessoas autistas podem se desenvolver de
diversas formas e, muitas vezes, nos surpreendemos com a maneira como aprendem. Esteja
aberto a diferentes métodos de intervenção e terapias que possam contribuir
para o desenvolvimento e bem-estar de seu filho.
Procure ajuda de profissionais capacitados
Inicie os
acompanhamentos terapêuticos o quanto antes, preferencialmente com uma equipe
multidisciplinar. Escolha profissionais que você confie e se sinta à vontade,
pois o vínculo entre a família e a equipe terapêutica é essencial para o
sucesso do tratamento.
“As
intervenções ocorrem com uma equipe multidisciplinar composta normalmente por
profissionais da psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia e
neuropediatra”, destaca a Diretora Clínica da Genial Care, Thalita.
Motive seu filho nas atividades do dia a
dia
Participe
ativamente do processo de desenvolvimento de seu filho, ensinando e apoiando-o
em tarefas do cotidiano. Inclua-o nas atividades da casa e elogie cada
conquista, por menor que seja. Tenha paciência e compreenda que o progresso
pode ser gradual, mas cada passo dado é uma vitória.
“Uma dica
bacana para o dia a dia é incluir a criança nas atividades da casa, assim ela
se sente incluída na rotina. Elogie sempre que ele conseguir realizar qualquer
ação sem auxílio, isso o estimula. Entretanto, tenha paciência, pois tudo é um
processo de aprendizagem e descoberta para autonomia. É esperado que a evolução
ocorra de forma gradual e contínua”, explica a especialista.
É verdade que
uma criança diagnosticada com um transtorno pode precisar de adaptações em casa
e na rotina. Mas, a longo prazo, acompanhar a evolução da criança com autismo
e, principalmente, sua felicidade pode ser muito rica e prazerosa!
Crie seu filho para o mundo
É importante
buscar a integração de seu filho e sua família à sociedade. É possível que
parentes ou amigos tenham resistência, mas a palavra-chave para esse momento é
persistência. O mesmo se aplica para a integração da criança nas escolas.
Embora a
pessoa diagnosticada com autismo possua o direito de frequentar a escola
conforme a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), é comum que famílias encontrem
algumas dificuldades. Pesquise a melhor opção para seu filho e trabalhe em
conjunto com os professores para garantir o cuidado que ele merece.
Conheça os direitos dos autistas e
defendê-os
Institui os
direitos dos autistas e suas famílias em diversas esferas sociais. Dentro dessa
lei, pessoas com o transtorno de espectro autista são consideradas deficientes,
por isso a lei assegura a utilização de serviços da Assistência Social – no
município onde reside – e possibilita o direito à educação com atendimento
especializado.
A Lei Romeo
Mion cria a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CipTEA), que garante a
todos aqueles com o diagnóstico de autismo um documento que possa ser
apresentado para informar a condição do indivíduo. O nome foi inspirado em
Romeo Mion, filho adolescente do apresentador de TV Marcos Mion.
Além dessas
Leis, existem outros benefícios que podem auxiliar na jornada, como: Benefício
da Prestação Continuada (BPC), redução na carga horária de trabalho e outros
que reduzem as dificuldades encontradas no cotidiano.
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